— Gabi, me ajuda aqui! Que número eu devo apostar?
— Não sei... O prêmio é quanto?
— Seis milhões!
— Acho que nessa até eu vou! Moça, bota aí: 333222 vou ganhar 6 milhões!
— Sim?
— Ah, essa mulher não tem senso de humor... O número é 333222, moça.
— Certo — disse a mulher, revirando os olhos.
— Eu vou querer 222333, muito obrigada.
— Vamos passar na Boutique?
— Ah, pode ser! Quero conferir as coleções novas de colônias aromatizadas!
— Perfume! Você e o seu palavreado, mew, você tem que dá um jeitinhono seu jeito de mãe!
— Você vive dizendo isso, mano!
—Ha, ha, ha... Mano é velho!
— Wow — subitamente me deu uma tontura e eu caí no chão, como naquela cena de Harry Potter 5, mas eu não tive nenhuma visão... L
— Wow tamb... — ela ia prosseguir, mas me viu. — Ah, não, venha, vamos, precisamos voltar para sua casa... Vem, vem.
Ela foi me levando e chegamos em casa.
— O que foi, filha? — via se que minha mãe estava nervosa.
— Não sei... Me parece uma...ahn... vontade de falar colônia aromatizada livremente?
— Não seja boba, parece-me muito mais sério...
Minha mãe me levou em três médicos que não tinham a menor idéia do que era. Mas no quarto...
Mamãe saiu da sala do Dr. Alonscal pasma.
— Eu estava certa? — perguntei.
— Não. Na verdade essa sua doença é muito pior...
Fez-se silêncio.
— O médico designou como “falar-Wow-fobia-trauma”!
— Wow! — falei e morri.
PS: É ÓBVIO que não sou a verdadeira Maria Vi Dacurta, mas sim seu admirador secreto.